Comprei as passagens pelo site skyscanner, e ele reservou um Airbnb que era um ap bem no centro, o que eu acho ótimo porque da pra fazer tudo andando.

...Não tem o bastante pra sobreviver ♫♪

Eu não poderia reclamar da minha vida tudo caminhava bem, logo consegui um trabalho onde eu estava feliz, conheci pessoas legais aprendi coisas novas, mas e meu príncipe ?

Quando as pessoas ficavam sabendo que eu tinha um namorado que estava tão longe, logo começava:

- Mas nossa tão longe e o contato físico? Como você aguenta ?
- Ah namorar assim não da certo, vai lá saber o que ele ta fazendo lá, tanta mulher no mundo.

As vezes não eram tão claros, mas sempre davam a entender que ele deveria estar me traindo, ou que era ilusão da minha parte achar que daria certo esse namoro.
É realmente muito difícil um relacionamento distante, e eu mesma antes de ter um não acreditava que dava muito certo, mas deu. Meu namorado era simplesmente incrível, e mesmo lá de longe ele se fazia presente na minha vida diariamente.

O que fez meu relacionamento a distancia dar certo?

-Nos falamos todos os dias, e na maioria o dia todo.
- Passamos confiança : Sempre contando onde íamos, e principalmente deixando bem claro o quanto nos amamos e quanto somos felizes por ter se conhecido.
- Sempre fazemos planos futuros juntos, e contamos um pro outro esses planos.
- Temos uma conexão que só sentindo pra saber.
- Muita sinceridade e intimidade pra dizer o que quiser.

Eu não me lembro de ter tido uma conexão tão forte com alguém, de me sentir tão amada, e eu muitas vezes pensava: Deus como é possível isso? O cara de outro mundo ele do mundo Irlandês eu do mundo Brasileiro como é que podia dar tão certo assim?
Eu só agradecia por Deus me dar a chance de viver isso.

Já faziam 6 meses que eu tinha deixado meu amor em Barcelona, o tempo voaa e o coração aperta. Nós precisávamos achar um jeito de se ver pessoalmente. Que jeito? Eu tinha acabado de começar a trabalhar, tirar férias sem chances, bate volta? Só pra chegar na Irlanda normalmente gasta uns dois dias e mais uns dois pra voltar, pelo os horários dos voos. Precisaria de uma semana pra ir na Irlanda como pedir uma semana no trabalho se eu tinha acabado de começar a trabalhar.
Foi num repente de saudade e loucura que eu decidi fazer do feriado de Corpus Christi a data para o encontro dos nossos corpos. Compramos as passagens iriamos nos encontrar em Madri!!!

...No puedo mais viver sem tiii, volta logo pra São Paulo ou eu vou pra Madri  ♫♪
   

Lembro que o primeiro currículo que eu mandei foi ainda na última semana de 2015, eu olhei nos sites e vi algumas vagas postadas recentemente, porque não mandar? Mandei.

Eu fiz 2 currículos diferentes, um voltado para enviar para as vagas de professora de inglês e outro para vagas em indústrias. No currículo para professora além da minha formação como experiencia descrevia meu período como babá e como hospitality , meu foco era ser professora para crianças. Já no currículo voltado para as indústrias não citei minhas experiencias no intercâmbio apenas mencionei o país e o período junto com o idioma inglês. Na Irlanda eu aprendi sobre fazer o currículo voltado para a vaga, e acho que faz totalmente sentido e facilita tanto para o recrutador quanto pra mim. Procuro manter apenas uma página de CV acho duas muito, li que os recrutadores usam 10 segundos em cada currículo, então né 2 páginas 10 segundos sei lá melhor garantir com 1 pagina.

Quando cheguei falava -se muito na crise que o Brasil estava enfrentando, aquela loucura na politica e fora os "amigos" que diziam que eu era loca de voltar que o Brasil estava péssimo bláblá. A crise estava bem puxada sim mas a minha postura em relação é que iria dar o rumo da minha vida, eu não me abati e mandava currículo dia, noite e madrugada mandava mais de uma vez para as vagas que eu mais gostava.

Logo no começo de Janeiro fui chamada para uma entrevista para professora de inglês e advinha o que se repetiu ? O TRUCO da vida (não entendeu? clica aqui). Dessa vez o coordenador que me entrevistou desconfiou que eu não ficaria muito tempo como professora devido a minha formação. Eu aprendi bem e lição e quando ele disse que precisava que eu confirmasse que trabalharia até Junho confirmei, mas como dizia minha vó : Nem sei se vou acordar viva amanhã.
Aprendi a joga o jogo queria e precisava do trabalho, consegui, comecei a trabalhar como professora de inglês em umas das melhores escolas da cidade, conhecida no pais todo.



Como eu queria eu iria dar aulas para as crianças, e que experiência boa de ser professora, chega até a ser engraçado observar o comportamento dos alunos, aqueles serumaninhos em formação. Meus alunos estavam entre 6 e 12 anos, os de 6 eram os mais fofos de todos os de 12 pareciam pequenos adultos de certa forma com conceitos formados.




Infelizmente não foi possível continuar como profissional da educação assim como eu e o coordenador gostaríamos. Recebi uma proposta para trabalhar em uma multinacional Italiana, fiz as entrevistas e apesar da vaga ser diferente do meu último trabalho, eu tinha certo conhecimento da área de atuação e tudo se encaixou perfeitamente para que eu começasse a trabalhar lá. Então apesar de toda a crise eu que cheguei em Dezembro de 2015 em Março de 2016 já estava trabalhando na área. Claro que tive uma ajuda abençoada de Deus, porque eu orava e muito pedindo um trabalho e ao mesmo tempo nunca me acomodei mandava currículo todos os dias mesmo após conseguir o trabalho de professora. Tenho amigas que não aconteceu bem assim e conheço pessoas que resolveram voltar pra Dublin, mas isso é a vida cada um tem sua história.

A vaga para professora tive acesso por indicação, e ai ressalto a importância de sempre fazer contatos e manter as portas abertas para o diferente. A vaga na industria fui contactada pelo RH após visualizarem meu CV no site vagas, então acho que não existe uma regra e eu sou uma prova que não é só com "QI" que se consegue emprego.

Observações :

As crianças do meu trabalho voluntário eram muito mais educadas e respeitosas do que meus alunos. Acho que realmente temos algumas falhas na educação das nossas crianças da classe média / alta.

Nem sempre vamos cumprir o que prometemos, não se culpe o que importa é a intenção, no fim Deus sabe do seu coração.

Confiança, postura e firmeza na apresentação fazem muita diferença em uma entrevista.

Eu não tive nenhum tipo de depressão pós intercâmbio, também não tive aquela fase de achar que o Brasil era uma merda.
Não nego que muita coisa que antes passava despercebida começaram a me incomodar e algumas que já me incomodavam me irritavam muito. TIPO:
- A sujeira das ruas, aqui no meu bairro tem algumas ruas onde as pessoas simplesmente vão jogando lixo, tipo saco de salgadinho, garrafa de bebida, etc. Eu me pergunto como assim a pessoa simplesmente bebe e joga como se fosse normal, me irrita olhar aquela sujeira e pensar o quanto sem noção nós somos.
- O preço da comida e das roupas, é simplesmente muito caro coisas básicas, eu sempre fico bem triste quando penso naquele pai de família que deve fazer das tripas coração pra poder manter uma alimentação descente em casa e tentar vestir os filhos.

"Cerca 80% da população tem renda familiar per capita mais baixa do que R$ 1,7 mil por mês"

 "...dos 10% mais ricos, estão todos os brasileiros com renda per capita mensal entre R$ 2,6 mil e R$ 454 mil".

fonte : Revista Exame

Ler isso me faz pensar, quanta injustiça, me faz pensar como podemos mudar essa situação, mas em nenhum momento achei que mudar do Brasil era a solução para esse tipo de coisa. Foi nesse pensamento que comecei a fazer um trabalho voluntário aqui na escola do meu bairro mesmo. Eu entendi que pra mudar a situação, precisamos dar bons exemplos, principalmente para as crianças, mostrar que é possível sim conquistar nossos sonhos. Durante a minha vida eu tive muitas pessoas para me inspirar e para me encorajar, mas não são todas as pessoas que tem. Muitas vezes não tem nem aquela pessoa pra ensinar a não jogar o lixo no chão e ai você cresce achando que ta tudo bem jogar. Imagino o quanto é complicado sair do mundo que te cerca se não existe ninguém pra te contar sobre os mundos que existem por ai.

Desde quando voltei, foquei na minha vida aqui e nos meus objetivos, usei muito do que aprendi no intercambio como : paciência, controle de dinheiro e firmeza nas decisões. Cheguei muito perto do natal, então foi muita festa  e comida o que pode ter ajudado a não bater aquela bad, sinceramente sinto que sofri muito mais quando cheguei em Dublin do que quando voltei pro Brasil.

E para todos que me perguntavam o que eu via de mais diferente entre lá e cá, eu respondia e respondo: As pessoas, o Brasil é incrível mas ainda precisamos mudar alguns comportamentos para fazer do nosso país um lugar melhor para se viver.

Funchal (Portugal) - É de lá que vem Cristiano Ronaldo, mais um lugar praiano, comida boa, preço bom, mais animadinho perfeito pra casal eu achei (chorando de saudade do meu par). Achei também que tinha um clima de Paraty - Rj os estilos das ruinhas, gostei.


Sta Cruz de Terenife - Fica nas Ilhas Canárias que é famosa pelo tax free, todas sedentas para comprar muito. Rolou uma desilusão, alguns dos perfumes eram mais baratos em Dublin, não vi roupa ou sapatos que valiam muita a pena (eu não sou referência por ser bem pão dura). A galera no geral não viu muita vantagem também, e um senhor que sempre vai disse que é meio de lua teve vezes que ele aproveitou e comprou muito teve vezes que foi como essa meio fraca.
Não tirei uma misera foto, o foco era compra compra compra ..... fail.

5 dias sem atracar - É pra testar seus limites, mas teve truco organizados por nós, muita festa organizada pelo navio (festa a fantasia, festa de gala, festa do branco, oktoberfest, baile de mascaras), muita comida aliás o cruzeiro todo é muita comida. Teve peça de teatro, apresentação tipo circo, musica, concurso de talentos dos passageiros (tinha um teatro dentro do navio). Teve muita vista linda da imensidão do oceano. Teve muito bate papo e risadas, teve leitura de livro na espreguiçadeira tipo madame. Teve tudo isso ai fora o que teve e eu não fui, preferi ficar na cama olhando as fotos do bem. NÃO TINHA INTERNET no navio em nenhum momento (quer dizer se você está disposto a pagar uma boa quantia tinha, não era o meu caso).

           terra a vista !!!!! (Fernando de Noronha)  entendi o que os piratas sentiam.

Recife - Ah meu Brasil brasileiro que delicia é chegar no meu país sentir aquele calorzão, já avistar a barraquinha de coco e de açaí oooo coisa boa. Descemos no porto fretamos uma van que nos levou para Porto de Galinhas (quero mais o que?). Coisa linda é lá, linda e cara olha pra ir uma vez vale cada centavo mas ir sempre tem que ter bolso gordo. Depois a van ainda nos levou á Olinda, que é uma belezura e tinha todo um sentimento pra mim, já que Olinda era o nome da minha avó Materna e quando criança eu vivia perguntando se ela já tinha ido lá, ela dizia que sim.

                 A visão básica de quem acabava de chegar em  Porto de Galinhas - Brasil


Perto do céu em Olinda, pensando no quanto queria minha Olinda ali do meu lado.
Pela beleza do céu, posso dizer que ela estava lá bem do meu ladinho.

Maceió - Eu me apaixonei por Macéio, praia linda, gente educada, e preço justo.

           Que vista é essa? Só no Brasil - Maceió

Salvador - Pegamos um táxi estávamos em 3 e do pelourinho até a praia do Farol ficou menos de 10 reais pra cada. Chegando na praia eu simplesmente quebrei minha cara, o mar em Salvador é lindo um azul escuro, bem diferente do que eu paulista cricri imaginava. Olha a Bahia é lindo e o Baiano é muito do trabalhador sim, queria ver neguinho falador aguentar aquele sol dia todo trabalhando na praia. Perto do Farol tinha uma feira cheia de coisa gostosa, o baiano é gentil de mais e achei a Bahia muito bem preparada para receber turista de qualquer lugar. Era domingo e pra melhorar vimos o Timbalada tocando no pelourinho assim no meio da rua mesmo veio chegando e tocando. Turistamos por lá sozinhas mesmo sem guia e deu tudo certo.


Ilhéus - Meu avô por parte de mãe era nascido em Ilhéus então mais uma vez tive um carinho especial pelo lugar. O mar já não tinha aquele azul de Salvador, mas era uma praia de muita onda e a cidade pequena, bem a moda antiga.


Rio de Janeiro - Mais uma quebrada de cara pra conta, nunca achei que o Rio era tão bonito quanto a globo mostrava, achava que eles sei lá melhoravam a imagem. Se eles melhoram ou não eu não sei, mas que é lindo mais que na TV  a isso é. Nós fechamos uma van no porto mesmo, por 100 reais por pessoa e essa van nos levou para o Cristo, Pão de Açúcar, Maracanã, e Copacabana. A guia que ia contando varias coisas sobre o Rio. contou que a floresta da Tijuca é a única floresta plantada por homens, foram plantando uma aqui outro ali e assim encheu de arvore e virou a floresta.

     Gostei mais de ver o Rio do Pão de Açúcar do que do Cristo , mas os dois valem a pena.

Santos - Que alegria foi ver minha mãe coladinha ali no vidro de entrada sorrindo, não tem paisagem no mundo melhor pra mim que a cara de feliz  da minha mãe. Como foi bom voltar pra casa, meu quarto, minha irmã, minha família, pro churrasco de domingo.

Depois dos nossos 3 (maravilhosos, românticos, regados de comida) dias em Roma fomos para Barcelona, onde teríamos 3 dias e no quarto eu embarcaria no Navio rumo ao Brasil.

Que Delicia é Barcelona, lembro que uma amiga descreveu como o Rio de Janeiro versão espanhola, e não nego que tem um climinha mesmo, mas descobri depois que o Rio é muito mais cidade grande.
Dessa vez ficamos em um Hotel, porque não encontramos nenhum Airbnb do nosso gosto disponível, o Hotel era muito próximo a famosa La Rambla que é uma avenida daquelas só para pedestres cheia de lojinhas, barraquinhas e restaurantes ao redor.

Viajando aprendi que a localização do lugar que fico é fundamental, procuro sempre por locais centrais para fazer tudo a pé. Depender de transporte público ou táxi durante as viagens não me vai bem, acho perda de tempo e dinheiro.

No primeiro dia fomos caminhar ao redor, e beber na beira da praia, o que é fantástico para ele já que na Irlanda não é permitido beber nas ruas, não pode nem ir caminhando segurando aquela latinha de cerveja que você corre o risco de ser multado.



Segundo dia pegamos aquele ônibus Hop on Hop off, que é bem legal custa por volta de 30 euros e você pode descer no ponto turístico que quiser aproveitar e depois ir para o ponto e pegar o ônibus de novo e subir e descer quantas vezes quiser no dia. Esse ônibus circula pelos principais pontos turísticos e não fiquei mais de 10 min nos pontos esperando para pegar o próximo quando descia. Além de ter fones de ouvidos onde você pode ouvir as informações (no idioma que quiser) sobre o ponto turístico que você está passando. Reconheço que achava uma babaquice o povo naquele ônibus quando via lá em Dublin, mas depois de Barcelona mudei de ideia e super recomendo.

                                                                                           Minha vista no Parc de Montjuic

Terceiro dia fomos no campo do Barcelona, mas não fomos só visitar fomos assistir uma partida. Foi incrível porque além de ser minha primeira vez assistindo um jogo de futebol ao vivo no estadio, era o Barcelona jogando imagina a alegria. Naquele dia Neymar fez 2 gols, Messi 1 e Suarez fez o mais bonito do jogo, um gol de voleio que papai, foi o gol mais bonito que já vi ao vivo sem falar que o placar foi 4 x 0.


Não nego que me deu uma dorzinha de cotovelo de saber que a torcida em Barcelona não grita Neymar, eles gritam todos juntos Messi, vão a loucura todos juntos gritando Suarez mas pro Neymar não tem coro. Não que eu seja fã do Neymar, porque não sou acho que ele da umas mancadas desnecessárias, mas ele é brasileiro e eu como brasileira queria só ver meu conterrâneo enlouquecendo a torcida. Fica pro futuro né, quem sabe em um jogo do Liverpool já percebi pela TV que eles curtem o Philippe Coutinho.



O último dia foi um dia que me doí o coração quando lembro, era pra ser mais um dia de alegria afinal ia embarcar em um cruzeiro, mais viagens, mais lugares novos. Eu não estava nem ai, parecia que estava descolando um pedaço de mim, todos que me viram naquele dia viram o quanto eu fiquei arrasada até quem não me conhecia notou. Como ficar feliz quando você está deixando o homem que te faz tão bem pra trás, como ficar feliz sabendo que aquela despedida poderia ser a última vez do olho no olho, o  ultimo abraço, não chorei de vergonha das outras pessoas no navio mas por dentro estava em pedaços. Nós não terminamos o namoro e ele nunca cogitou essa opção, mas eu tinha medo do futuro, medo da distancia apagar tudo e ele ser só uma lembrança boa.

Como manter um relacionamento a 10 mil km  de distancia? COMOOO?????

Já que eu estava me despedindo do continente Europeu, porquê não passear um pouquinho.
Então lá fomos nós pra ROMA (eu e meu irish man), juro que sempre falei esse dito popular - QUEM TEM BOCA VAI A ROMA - quando alguém me dizia que não sabia como chegar em algum lugar. Verdade verdadeira que falava isso quando era criança / adolescente sem se quer imaginar que um dia iria literalmente a Roma.

Mas como Deus é bom eu vivi e to aqui para contar que muitas vezes os dias serão difíceis mas não demora muito e os dias bons vêm e são imensamente bons, acredite.

Bom chegamos em Roma, ficamos em um Airbnb, eu já tinha ouvido falar sobre mas nunca tinha utilizado um. Meu namorado escolheu um Flat lindinho super romântico, a localização não era perto dos pontos turísticos mas o bondinho (que nós nunca descobrimos como pagar) passava na esquina e em menos de 10 min estávamos no Coliseu. Super recomendo se hospedar em Airbnb se você está viajando em casal mas se viajar sozinha vai pra Hostel mesmo, mais chances de fazer novas amizades.



Chegamos já era depois do almoço tomamos aquele banho relaxamos, comprei umas coisas em um mercado perto e fiz um lanchinho simplesmente maravilhoso, o melhor tomate e mortadela que já comi na vida. Acho isso a melhor parte do Airbnb, essa coisa de poder cozinhar de ficar tipo em casa mesmo, porque tenho a sensação de quando estamos em Hotel ou Hostel é uma coisa mais regrada com horários e tal. Dormimos um pouquinho e ai partimos pra ver o Coliseu, que é lindíssimo eu fiquei extasiada imaginando aquela grandiosidade sendo construída a 2000 anos atrás. Aliás todos os pontos turísticos em Roma é extasiante, é uma viagem no tempo.





Turistamos o máximo que conseguimos nos 3 dias que passamos lá.

 
Jogamos nossas moedinhas, eu joguei 2 ele jogou 2, dizem que quem visita a Fontana de Trevi sempre volta a Roma. Será?


Eu não sou católica mas minha família toda por parte de pai é e eu respeito muito a religião, e acho que de alguma forma todos acreditamos no mesmo Deus, mas por algumas razões damos nomes ou contamos as histórias de maneiras diferentes. Visitar o vaticano foi bem legal, recomendo independente da religião. Nunca achei que falaria isso, mas vale muito a pena pagar para entrar na Capela Sistina, que até esse dia eu nunca tinha ouvido falar. Que capela realmente linda, cada pintura, cada detalhe. A energia que envolve a Capela é indescritível, eu me ligo muito nessa coisa de energia, e lá eu senti uma coisa boa, senti que muita oração foi feita lá e que Deus respondeu e continuaria a responder. Não perdi tempo e fiz também a minha prece.



A comida?

Realmente a comida italiana é deliciosa comemos em um restaurante nas ruinhas próximas ao Coliseu que foi nossa melhor refeição nós 3 dias que ficamos lá, o sabor excelente e o preço em conta. Almoçamos também em um dos restaurantes em frente ao Coliseu, escolha do meu amor (disse que tínhamos que ter um momento romântico). Deu um rolo nos nossos pedidos, nunca vinha quando veio não era o que esperávamos, e ai trocaram veio uma coisa fria foi decepcionante. Quando a conta chegou, sugeri sairmos correndo e entrar no bondinho que passava na frente mas ele como bom moço que é, recusou.
Pizza? esperava mais, eu como boa paulista sou bem exigente na questão pizza, gosto daquela coisa cheia de recheio, recheio saboroso quentinho, massa assadinha. Ok a massa era perfeita, mas o recheio achei pouco. A tal pizza comemos em um restaurante perto da Fontana di Trevi, foi nesses arredores que tomei um sorvete também e não gostei muito, achei gorduroso (pode ter sido bucho cheio). O último almoço foi em  uma cantina próxima á entrada do Vaticano e mais uma vez delicioso, a comida italiana é sem dúvida uma das minhas favoritas.


Curiosidade : Vimos apenas um Mc Donalds e ficava no subsolo de um prédio, uma coisa bem estranha pra quem está acostumada a ver o Mc aqui no Brasil ou lá na Irlanda. Definitivamente os italianos não são fãs de fast food, e nem precisam né.

Dica: Da para visitar tudo sem Guia, até mesmo se está perto do horário de fechar como eles dizem, você consegue ver tudo tranquilamente. Cuidado com o papo dos Guias em Roma.

Conclusões: Comi, amei e rezei !

Eu decidi ir embora, mas porquê?

1 - Preocupação em ficar muito tempo fora da minha área de trabalho;
2 - Estava feliz com o nível de inglês que eu atingi;
3 - Sentia que tinha me tornado uma pessoa melhor como eu queria ser quando deixei o Brasil.

Mas ai tinha meu príncipe, eu me envolvia cada dia mais naquele relacionamento, ele já era parte da minha vida. Ele era a alegria em um dia chuvoso, meu sorriso diário. Sim eu tinha encontrado o homem com quem eu sempre sonhei. Quando comuniquei meu homem que eu voltaria, ele ficou arrasado e procurou mil maneiras de me fazer ficar.


E lá estava eu entre o amor e a razão, porque ficar e continuar vivendo aquele amor incluía mais um ano estudando inglês, mais um ano trabalhando como babá ou coisa do tipo. Não que eu não gostasse pelo contrário, serei eternamente grata por tudo que aprendi nesses trabalhos, coisa que não se aprende em faculdade nenhuma, coisa que nenhum dinheiro paga. A parte sobre me tornar alguém melhor foi graças aos chamados "subempregos", isso eu não esquecerei.

Voltando para o Brasil, eu voltaria para a minha área de trabalho, para minha família, para minha casa, para os meus domingos cheios de sol e churrasco. Acho só quem já ficou muito tempo sem domingo de sol e churrasco vai me entender.

Ser engenheira foi um dos sonhos que sonhei, sempre estudei duro, nem me lembro quantos fds passei estudando, quantas coisas abri mão para poder pagar a mensalidade da faculdade, quantas vezes fui dormi depois da meia noite e acordei antes das 6 da manhã. O fato de eu ter saído do Brasil, deixando tudo pra trás, foi pelo objetivo de aprender uma nova língua para agregar na minha vida profissional. Foi o foco no meu objetivo que me fez decidir, não eu não decidi com o coração.

Por outro lado dei uma chance ao destino, e me inscrevi em uma bolsa de estudos para um curso de Phd. Fui aceita no curso e a confirmação da bolsa seria só em 2016, então voltei e continuei com os meus planos. Sobre o amor? Deixei para Deus decidir.

Knackers é um nome bem pejorativo que os próprios Irlandeses chamam algumas pessoas que fazem parte da classe menos favorecida na Irlanda. Eles são bem arruaceiros e adoram uma briga, provocam mesmo todos no geral inclusive outros irlandeses, não é uma coisa só com brasileiros.

Eles normalmente estão bêbados ou drogados, vestidos com conjuntos de moletom normalmente cinza, podem ser adolescentes, adultos homens ou mulheres, quase nunca andam sozinhos. A maioria deles moram em conjuntos habitacionais do governo, nem todo mundo que mora nesses conjuntos ou faz parte da classe menos favorecida é um "nana" (apelido carinhoso dado por nós brazucas).

Quando trabalhei na lavanderia muitos dos clientes eram moradores desses conjuntos e eram pessoas bem educadas. Acho que é a mesma ideia sobre a favela, ou a classe C/D brasileira, nem todo mundo está envolvido em algo criminoso.

Eu já passei sim por algumas situações envolvendo os queridos nanas, uma das primeiras foram uns mulecotes que ficam pelo centro de bike pra cima e pra baixo. Eles estavam parados na esquina, quando eu passei um deles jogou a bike em cima de mim, desviei e continuei andando. Em uma outra ocasião estava saindo da lavanderia, e costumava ir embora de bicicleta quando comecei a pedalar um outro molecote atirou uma bexiga cheia de água na minha direção, não acertou UFAAAA!

Claro que teve o dia que eu estava de saco cheio e bem nesse dia me aparece uma nana, eu estava no trem e quando ia descer a boneca chutou minha perna na intenção de me fazer cair, não cai. Olhei bem pra ela e mostrei meu lindo dedo. Assim não pensei nem um pouco nas consequências eu estava tão de saco cheio que se ela saísse do trem eu ia pro pau fácil. Graças a Deus ela não desceu, porque imagina a policia chegando, sei lá se ela não era menor de idade, fora que já to errada porque não to no meu país e to arrumando briga até explicar ia dar ruim pra mim certeza.



O episódio envolvendo um nana que mais me chocou foi uma vez que estava no trem, e uma mulher (nana) começou a discutir com um irlandês que deveria ter uns 40 anos ele estava inclusive acompanhado da sua esposa. A nanazinha, digo assim porque ela era magrela e bem pequena, escorava na parede do trem e no cara que estava sentado, que era bem alto e bem grandão. Ele muito de saco cheio falou pra ela parar e eles começaram a bater boca e a se ofender, quando ela deu um soco na cara dele. Sim exatamente ela deu um soco na cara dele, ele ligou pra policia o trem parou e ficou todo mundo esperando a policia chegar. A nana que também estava acompanhada de um rapaz do mesmo tipo que ela, desceu do trem e foi embora. O cara que levou o soco falou com o motorista do trem e o trem voltou a andar. Eu admirei o autocontrole daquele cara eu no lugar dele tinha dado pelo menos um empurrão nela, folgada do caramba.

Conclusão: Viu um nana? Desvia o caminho, ignora, não entra na provocação. 

Na minha opinião isso depende, depende de onde você vai, e de onde você vem.
Por exemplo aqui no Brasil não é novidade escutar um Ô GOSTOSA, uma buzinada, ou qualquer idiotice do tipo, então acho que isso não nos assusta tanto.
Morando na Irlanda eu nunca vi nada do tipo e inocente achei que na Europa no geral isso não existia.

Infelizmente não posso dizer o mesmo sobre Bruxelas e Paris, durante o dia ouvi muita buzinada e comentários abusivos. Cheguei até a pensar que a culpa era minha que não deveria ter colocado um shorts tão curto ou um vestido tão apertado, mas ai concordo com o pensamento de que a roupa não tem nada a ver o problema é na cabeça desse tipo de homem mesmo. Além do que em Paris estava de calça e regata como vocês viram nas fotos. De qualquer forma decidi não sair a noite em Paris por estar sozinha e durante o dia ter sido assim, não me senti segura.



O que realmente me assustou viajando sozinha aconteceu em Bruxelas foi o quase roubo que eu sofri, no dia que conheci os meninos no Pub fomos comer algo e enquanto eles comiam decidi que queria uma batata. Lembro que tinha duas filas e um cara com uma garota na minha frente,eu com a carteira aberta pegando o dinheiro perguntei pra esse cara qual era a fila pra pedir. Ele enfiou a mão na minha carteira e segurou meu dinheiro, mas eu também estava segurando e disse pra ele soltar, ele não soltava eu então gritei : BOYS HELP ME! Na mesma hora os meninos levantaram da mesa e o malandro soltou meu dinheiro, e começou a dizer que ele não tinha feito nada que eu era loca e estava bêbada. O que mais me surpreendeu que esse malandro estava bem vestido e não tinha pinta nenhuma que faria uma coisa dessas, além do que ele estava acompanhado. Quem acompanhado me da uma dessa?  Ele deu...

Ainda sobre roubos e furtos acredite sofri um furto em Dublin, um dia em uma balada (PYGMALION) pendurei meu casaco do meu lado.O meu celular estava no bolso desse casaco, eu não sai do lado do meu casaco em nenhum minuto mas em algum momento acredito que  alguém enfiou a mão no bolso do casaco e levou, só percebi na hora de ir embora quando vesti o casaco.

Eu nunca fui roubada/furtada no Brasil, e sei lá acho que aqui ta mais na cara quem pode te roubar ou onde você corre mais risco. Enfim lição aprendida nada de perguntar com a carteira aberta, e nem de deixar celular no bolso do casaco pendurado.

Conclusões : Dos 3 países que visitei viajando sozinha Amsterdã que eu imaginava ser muita loucura, foi o mais seguro.

Eu aprendi a jogar Truco quando tinha uns 16 anos, e quem me ensinou foi a minha irmã que é mais nova. Sempre fui mais lerda nesses quesitos, mas enfim o Truco é um jogo de raciocínio rápido onde a confiança ganha jogo e o medo só atrapalha.

Depois da minha bday trip eu me sentia realizada, sentia que o ciclo estava encerrado, senti que era a hora de começar a planejar a volta pra casa. Eu tinha a minha passagem de volta que era para agosto, mas esse negócio de viajar me conquistou e ai pensei porquê não mais uma viagem antes de ir embora. Afinal ia voltar pro Brasil sem trabalho sabe-se Deus lá quando eu ia conseguir viajar de novo.

Estava eu planejando ir para a Áustria, quando perdi todos os meus empregos. Sim todos! Foi um por semana até não restar nenhum, tarde de mais eu já tinha decidido voltar de navio. Isso mesmo voltar num cruzeiro, tinha até já pago a primeira parte mas ainda tinham mais 2 parcelas sem falar que o navio sairia de Barcelona apenas em Novembro. Pense você que situação eu me encontrava, eu via duas opções perder o dinheiro pago da primeira parcela e voltar normalmente com a minha passagem em agosto ou arriscar ficar e tentar arrumar um trabalho pra segurar as pontas até novembro. Parece que eu adoro um desafio sempre escolho a opção mais difícil, então escolhi arriscar.

Não foi só o fato de querer voltar de Navio que me segurou lá, lembra do meu príncipe que encerrou minha carreira de Tinderela (não sabe? clica aqui pra saber). Então né esse homem, ah pensa em um homem que tem tudo que você sempre sonhou, alguém que te vê e te faz se sentir única, alguém que acredita que você é capaz mais do que você mesma. Então eu estava morrendo de medo de Amar e depois partir afinal minha partida era certa. A chance de ficar um pouco mais juntinho de conhecer melhor esse homem pesou muito na minha decisão.

Apesar de toda incerteza monetária que me rodeava, eu escolhi com o coração, escolhi conhecer melhor aquele homem, escolhi conhecer melhor meu Brasil porque esse cruzeiro passaria nada mais nada menos que em Recife, Salvador, Maceió e Rio de Janeiro fora que ainda ia ver mais um pouquinho da Europa (Portugal, Espanha, Ilhas Canárias) e ia rola até um Marrocos no caminho era um sonho eu tinha que arriscar.

Parece que quando escolhemos com o coração tudo conspira a favor, em uma semana consegui um trabalho como babá de duas princesinhas. NÃO É CLICHÊ é mais pura VERDADE confia no seu coração, nossa cabeça sabe o lógico nosso coração sabe os mistérios que a lógica não explica.

              

Eu nunca gostei de ficar sozinha, mas também não era fã de pegação essa coisa de muitos e nenhum não fazia bem o meu tipo. Eu sempre gostei mesmo é de uma coisa fixa, acho que isso me ajudou a ter relacionamentos longos.

Mas né,  como contei o namoro acabou quando decidi fazer o intercâmbio, e aí pensei ahhh muleke acho que vai ser agora minha fase de pegar geral, BAAAHH só que não.

No primeiro mês em Dublin fui conhecer um pub, que uma boliviana que morava comigo disse ser ótimo, e lá beijei pela primeira vez um irlandês. Como foi? Foi bom, sim os gringos sabem beijar, bom aquele sabia. Primeira impressão sobre irlandeses boa, muito boa. Como disse adoro uma coisa fixa, continuei saindo com ele por 3 meses. Porque acabou? 1 - Neurose minha 2- Grosseria minha.

Eu ainda não entendia muito bem como funcionava o Europeu, mas aprendi direitinho, segue as dicas:

1- Eles dificilmente inventam desculpas pra ir beber, normalmente o cara fala vou sair pra beber e ponto. Não tem aquela coisa de dar migué tipo vou jogar bola, o carro quebrou ou vou ajudar minha mãe.

2 -  Eles não te cozinham, tipo não fica naquele chove não molha te deixando na fila de espera, aquela coisa de pode ser que role pode ser que não role. Eles são mais diretos então se o cara só quer seu corpinho vc vai perceber facilmente porque eles não fazem nenhum teatrinho.

3 - Se ele passa o dia te mandando mensagens falando sobre coisas normais do dia e perguntando sobre coisas normais dos seus, ele está sim interessado em você e não só no seu corpo.

4 - Acabou é acabou, não tem aquele vai e volta, aquele remember quando bate saudade ou vontade.

*SEMPRE TEM EXCEÇÕES não considere como regra, são dicas do meu ponto de vista.
Nada impede que sua experiência seja completamente diferente.

Bom depois desse termino cheio de aprendizados, eu saia e saia mas não beijava ninguém. Percebi que eles não tem aquela coisa de vir xavecar e quando vêm é porque já ta mais bêbado que um gambá. E na boa eu não encaro cara mega bêbado que mal consegue falar. Comentei com uma amiga isso deles não xavecarem nos bares, e ai ela me recomendou um app chamado POF que segundo ela os caras queriam mais uma coisa fixa. Nesse app tem varios perfis e vc pode simplesmente curtir, e/ou mandar uma mensagem.
O primeiro cara que eu fui conhecer pessoalmente foi um Lituânio, morrendo de medo de chegar la e não ser o cara da foto ou ser um loco. Mas o que eu fiz foi pedir o facebook fazer aquela investigação geral que vc descobre tudo trabalho, mãe, primos, ex namoradas tudo mesmo. Claro avisei as meninas que moravam comigo que estava indo encontrar tal cara deixei o face dele com uma delas e obviamente marquei em um bar bem perto de casa e movimentado que se precisasse fugir ou pedir ajuda tava fácil. Graças a Deus ele era normal, uma pessoa bem bacana saímos por 6 meses e só acabou porque entrei na minha fase zumbi, que contei aqui, eu realmente não tinha tempo pra manter um relacionamento.

Quando perdi um dos meus empregos (contei nesse post) e voltei a vida quase normal, comecei a sentir falta de ter alguém pra xamegar, nisso já era maio e eu pensava em ir embora em agosto. Depois de uma amiga me falar mil vezes sobre o Tinder, entrei nesse bendito e pensei foda-se vou pegar geral e vou voltar para o Brasil na vida normal (quem nunca?).
E ai rolou um match com um boy e engatamos numa troca de mensagens diárias, e era mensagem o dia todo. Eu não conhecia ele pessoalmente mas nós nos falávamos tanto ele me fazia tão bem, muito engraçado e eu cada vez mais curiosa pro encontro acontecer. Finalmente saímos depois de umas 2 semanas de bate papo, fiz a investigação básica de sempre e todos os cuidados. Quase tive um treco quando vi aquele homem vindo na minha direção me abraçou bem rápido e falou Hey how are you? How are you doing? com aquele sotaque Irish bem carregado e um olhão azul que parecia olhar dentro da minha alma. Pois bem essa foi minha carreira de Tinderela um date, um homem e fim.




Outras tinderelas?

http://www.tinderela.com.br/2015/12/07/seu-conto-de-fadas-ops-seu-conto-do-tinder/

8 de julho de 2015 primeiro dia dos meus 26 anos, e eu acordei em Paris, comi um delicioso croissant no hostel mesmo rs. Realmente o croissant em Paris é divino!

Era o último dia da minha bday trip e como eu me senti realizada por ter feito essa trip, uma experiência que dinheiro nenhum guardado me daria. Depois dessa viagem sozinha entendi muito bem as pessoas que largam tudo pra viver viajando, ou pra levar uma vida hippie.

Ter a chance de ver bem na minha frente lugares que só via na TV, conhecer pessoas de países diferentes e até do Brasil com uma bagagem de vida diferente, mudou a minha mente. Como é a vida né, precisamos sair do ninho pra nos encontrar, pra entender o que realmente importa.

No último dia tomei um café perto do Arco do Triunfo, encontrei um dos meninos que conheci na Bélgica, ele é uma dessas pessoas que viajam o mundo e quando comentei que iria para Paris ele disse te encontro lá. Olha que loucura é a vida, você conhece alguém na Bélgica e assim alguns dias depois encontra com ela em Paris para um café. Isso me fez acreditar que existe muito mais gente boa nesse mundo do que ruim,



O intercambio realmente mudou minha vida, a Bia que saiu do Brasil já não existia mais e essa bday trip foi o arremate da mudança. Essa bday foi nadar em mar aberto, porque viajar sozinha me deu a oportunidade de fazer novas amizades, de ter certeza que falava inglês sim, Eu tinha atingido meus objetivos do intercâmbio - 1 Falar inglês com qualquer um, 2 ser uma pessoa melhor - eu senti orgulho de mim e sinceramente adoro essa sensação.

Peguei um ônibus que me levaria até ao aeroporto Beauvais que fica bem longe da região central acho que demorou 1:30 para chegar. Nesse ônibus conheci uma francesa que estava indo para a Espanha e que já havia visitado o Brasil. Acho que é essa é uma das melhores partes de viajar sozinha, você se da a chance de conhecer outras pessoas, e ter conversas longas com elas.

O voo Paris - Dublin é rápido coisa de 2h, estava de volta ao meu lar provisório, doideira como já sentia em casa lá.

Acordei eu linda, banhada, descansada cheirosa e em PARIS, para comemorar meu aniversário de 26 anos na Euro Disney! Outro sonho q eu sonhei, porque eu sonho mesmo e muito, em realizar coisas grandes mas ai se elas viram realidade eu fico meio desnorteada.

Peguei o trem e no caminho vi essa família, e fala se eles não estão D+, cada um carregando sua mochilinha fala que não da vontade de casar ter filhos e sair assim no mundo mochilando.


A Disney é simplesmente tudo aquilo mesmo, aquela magia, aquele clima, aquele conto de fadas ao vivo.


Não tem como não estar lá e não se sentir dentro do universo das princesas é tanta coisa linda.
O tempo todo toca musicas da Disney pra criar aquele climão mesmo.
Tem um trem que circula o parque todo, o que facilita muito, afinal tem ala das princesas, velho Oeste, tem até um passeio de barco tipo capitão Gancho, tem casa assombrada, tem de tudo eu acho.
Claro que não deve se comparar a de Orlando mas olha eu amei a estrutura, orgnização, os robôs que imitavam os animais uma perfeição de movimento (comentariozinho de engenheira nerds).
O desfile dos personagens é realmente sensacional, vale a pena passar o dia lá, o aniversário também não importa a idade 😁.


A primeira coisa que fiz foi ir tirar foto com o Mickey porque todos disseram que é a maior fila, a hora que eu fui tinha acabado de abrir então foi bem rapidinho.


Pensa no caminho mais lindo cheio de arvores e casinhas lindas, e ainda era um carrinho de bate bate 😍


Foi Maravilhoso comemorar meu aniversário na Disney, cheguei lá antes das 10 da manhã e sai de lá era mais de 10 horas da noite.
Mas preciso confessar que seria perfeito se minha mãe e irmã estivessem comigo, coisas da vida...

Cheguei em Paris as 6h da manhã, exausta com cara amassada de quem veio de busão fui direto para o hostel (OOPS) e ai o check in era só as 16h 😯. E ai amiguinhas brasileiras, que como eu amam aquele banhinho bom, sem check in sem chuveiro liberado, o que fazer? Eu tinha na mala os lencinhos umedecidos, e aí foram eles que salvaram minha pele, troquei o look e já que não podia tomar banho, não podia dormir fui ver a torre Eiffel afinal eu começava a segundona véspera do meu niver em Parrí táa!


                                              Vista da torre Eiffel - Vale a pena subir cada degrau!

O hostel é excelente estrutura, atendimento, a localização? é ok perto do metrô o que facilita tudo mas não era perto de nenhum ponto turístico que desse para  ir andando. O recepcionista brasileiro muito atencioso e cheio de dicas, me deu mapas e explicou bem como chegar e usar o metrô. Entro eu em um metrô entre 7/8 da manhã lotado, e ai para minha surpresa era igualzinho ao metrô de São Paulo inclusive o bilhete.Ai eu Brasileira que sou pensei chupa Europa nós não estamos tão atrás assim, não é zuera eu simplesmente amei saber que Paris tinha algo em comum com SP, e que eles não eram tão perfeitos assim.

Eu tenho a impressão que nós brasileiros temos um resquício da ingenuidade indígena. Comparo quando o Europeu chegou aqui com aquele monte de bugiganga e nós admirávamos como se fosse a última preciosidade da Terra trocando pelo nosso ouro, nos dias de hoje ainda achamos que muita bugiganga feita lá fora é melhor, achamos que lá tudo funciona perfeitamente afinal é o primeiro mundo né. Bom eu pensava assim até morar fora, até visitar cidades famosas e ver que não é bem assim.

Turistei, Turistei e Turistei



Ver a torre Eiffel pela primeira vez assim ali na minha frente deu um negócio, veio na minha mente quantas vezes eu tinha visto na TV, em cenas de alguns filmes, fotos de revistas, fotos de famosos. Lembrei de algumas coisas da minha vida, minha rotina, os sacrifícios que fiz para fazer o intercambio e vi que sim, eu estava em Paris para comemorar meu aniversário de 26 anos, tudo estava saindo muito melhor do que eu planejei quando sai do Brasil.

                                                                                                      Obrigada Deus!

Foi sentada almoçando a margem do rio Sena (a coisa mais phyna que já fiz na vida eu acho) que pensei, podemos fazer mil planos mas os que realmente vão dar certo são os que Deus fez pra você, então só faz sua parte o resto se encaixa.

O plano para o último dia em Amsterdã era comer o famoso bolinho, fazer um rolê de bike conhecer a região da Red light e por volta das 23h pegar o ônibus para Paris.

Deu quase tudo certo, se não fosse o fato de eu ter comido o maldito bolinho. Só para esclarecer eu nunca tinha fumado nada a minha vida toda, nunca havia experimentado nenhum tipo de bagulho digamos assim. Sempre mega nerdona fui ficar bêbada pela primeira vez aos 19 anos, mas assim ao finzinho dos 25 em Amsterdã, após varias pessoas me disserem que o bolinho não dava meio que nada, resolvi experimentar. Afinal estar em Amsterdã e não comer, pra mim soava como ir a Paris e não ver a torre.

Comecei o dia comendo o tal bolinho,que tinha gosto de muffin de chocolate normal, na sequência sai para passear, no começo não senti nada, fui caminhando pelas ruas e procurando um lugar para alugar uma bike. Eu achava estranho que era muito difícil encontrar a loja onde alugava a bike, mas via bicicletas em todo lugar só que eu não achava as lojas onde alugavam. Comecei então a perguntar para as pessoas e ai elas sempre riam quando eu perguntava, eu achava que era por causa do meu sotaque quando falo inglês. Finalmente achei uma loja, quando entrei na loja o cara perguntou, você fuma? Ai eu não, eu nunca fumei nada em toda minha vida, e ele disse é que seu olho ta meio estranho. Eu comecei a rir e falei vou te contar um segredo, eu comi o bolinho, ele então me perguntou se eu tinha certeza de que queria alugar a bike, perguntou mil vezes se eu sabia andar eu disse que andava todos os dias, o que era verdade.



Ele começou então a me explicar onde eu poderia parar a bicicleta como usar o cadeado e blabla, eu não conseguia me concentrar no que ele estava falando e ele percebia e dava uns gritos batendo palma : BEATRIZ OLHA AQUI e apontava um quadro na parede que tinha as explicações ilustradas.
Finalmente consegui sair de lá com a bike, ele me deu uma bicicleta de criança, mas eu nem tchunm, só gravei mesmo ele dizendo que fechava as 8h e se eu não entregasse ia descontar do meu cartão 100 euros (Falou em descontar do meu dinheiro posso até estar doidona mas entendo bem hahahahaha).

Sai eu então pedalando toda feliz me sentindo na Europa, porquê eu não sabia mas quando imaginei a Europa na minha cabeça era exatamente Amsterdã. Eu fui pedalando pedalando, e quando percebi não estava mais na região central, comecei a tentar voltar para o centro, consegui. Resolvi então devolver a bike para depois passear mais um pouco pelo centro.



Eu pedalava, pedalava e estava dando voltas em círculos sem achar a tal loja, decidi ir empurrando a bicicleta, e perguntando para as pessoas como chegar na loja que eu nem se quer sabia o nome, mas que graças a Deus tinha um adesivinho pequeno com o nome da loja colado na rabeta. Foi então que começou meu pesadelo, as pessoas me explicavam como chegar e eu não entendia, elas falavam vai reto vira a esquerda blabla eu não lembrava mais eu tentava ir até onde eu lembrava e perguntar de novo mas não adiantava.

Rodei muito, até consegui pensar em ir até um ponto onde tivesse internet e colocar no google maps e ai pasme vc, era so descer a rua, virar e eu estava na loja. Eu demorei 4H para conseguir voltar na loja e devolver a bike. Foi realmente um pesadelo pra mim o fato de não entender o que as pessoas me falavam, de não conseguir completar meu raciocínio. Sai da loja e fui para o Mc Donalds achava que comer ia fazer passar e eu ia ficar normal. Chego eu no caixa do Mac e grito eu quero um Big Buger King, o rapaz pacientemente olha e diz nós não temos esse lanche, eu doidona respondo tem sim e aponto para o Big Mac. Quando sento na mesa com o lanche percebo o que falei e tenho uma crise de riso, como tudo jurando que iria sarar rapidinho, pura ilusão. Sentei no café na frente da estação principal e lá fiquei tirando fotos e esperando a brisa passar.



Fui para o ponto onde deveria pegar um ônibus que me levaria até o megabus, fiquei lá umas 2h e não vinha ônibus nenhum, então ainda não muito bem vou lá perguntar no posto de informações e advinhe... eu estava no lugar errado ainda bem que o cara me explicou que era só pegar o trem e em 20min estaria lá. Saio eu correndo quando alguém grita: Não vai precisar da mala? Eu tinha simplesmente largado a minha mala, ai você vê como a pessoa estava bem. Ainda bem que durante o dia tinha deixado tudo no guarda volumes da estação. Consegui pegar o megabus e ir para Paris.

Conclusão: Amsterdã é a Europa que eu imaginei, mas sobre comer o bolinho de novo? NÃO como, acho que pela experiencia ok mas repetir a dose to de boa, vi que não é pra mim.