O pedido de Demissão

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Junho de 2014, já tinha passado a festa de formatura, colação de grau, era meio do ano e eu continuava empacada. Meu aniversário se aproximando os 25 anos batendo na porta, só faltariam mais 5 pros 30 e eu lá no mesmo lugar. O medo de fazer merda me estrangulando e a vontade de mete o pé me tirando a paz. Eu pressionava eu mesma, pode isso? Não sei mas eu faço e muito.

Em plena segunda-feira enchi o peito de coragem chamei meu supervisor e disse que queria as contas mas só consegui deixar a empresa na sexta-feira depois de entregar a famosa carta ao RH.

O que as pessoas disseram?
Que eu era louca por deixar um trabalho de quase 7 anos onde estava estável e feliz.
Que não ia ser fácil arrumar um trabalho igual ao que eu tinha.
Que teria que trabalhar como baba e garçonete.

Confesso que me imaginar trocando fraldas e servindo mesas me assustou, afinal ninguém dedica anos na faculdade pensando em trabalhar nesses empregos depois de formado.
Mas segui em frente e preferi acreditar que os resultados do sacrifício valeriam a pena, e como disse tive um apoio psicológico fundamental da minha mãe.

O que eu esperava do intercâmbio?
Falar inglês sem medo com qualquer um, ser entendida e entender.
Ser uma pessoa melhor.

Eu acreditava que o desafio de morar em outro país faria de mim uma pessoa diferente.
 



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